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Pour ce faire, il propose une traduction d’une édition de deux pays, ce qui permettrait de rapprocher les peuples et

la revue História Viva, sur l’héritage français au Brésil, de faire en sorte que le Brésil connaisse l’influence qu’il
ainsi qu’un travail pour exposer les relations aéronau- exerce sur d’autres sociétés.
tiques entre les deux pays (de Santos-Dumont à Saint-
Exupéry et à l’aventure de l’Aéropostale), en plus de la Pour lui, le plus important c’est l’échange, ou la « flui-
présentation de groupes français qui jouent des rythmes dité », selon ses propres mots. Ses projets avancent :
brésiliens, comme la « batucada » (Zalindé), le « maraca- soutien à Bande Ciné (groupe brésilien qui chante en
tu » (Maracatu Nação Oju-Oba) et même la musique du français), au chanteur guyanais Chris Combette, à la
carnaval (avec l’école de samba Bloco de Paris). « capoeira », aux manifestations rituelles comme le
« candomblé », aux peintres brésiliens et à tant d’autres.
Le brésil à voir par le brésilien L’année de la France au Brésil n’a pas encore commencé,
L’intérêt de cette partie du projet serait justement de mais nous pouvons être sûrs que Jean-Pierre Guis sera un
montrer aux Brésiliens le travail d’appropriation que les des noms emblématiques de l’événement.
groupes français développent à partir de notre culture.
Ce serait une présentation enrichie par les traditions des Traduction: V.O.

“Uma das minhas missões é ajudar a


comunidade brasileira”, diz Jean-Pierre Guis
Jean-Pierre Guis, conselheiro do 12˚ arrondissement de Paris e encarregado das relações com o
Brasil, é um apaixonado por esse país. E isso se vê em cada parede de seu escritório, coberta de
fotos do Rio de Janeiro, de imagens de samba e de bandeiras brasileiras. Ele mesmo ostenta, sob
a manga do paletó, uma baianíssima fita do Senhor do Bonfim. Após um bate-papo sobre música
e política, ele nos contou alguns de seus projetos.
Oprimidos e engajados Propõe também um trabalho para expor as relações
Um dos apoios da prefeitura à cultura se destina ao aeronáuticas entre os dois países (de Santos-Dumont
Théâtre de l’Opprimé, grupo independente e engajado a Saint-Exupéry e à aventura da Aéropostale), além da
dirigido pelo brasileiro Ruy Frati. Segundo Guis, o espaço apresentação de grupos franceses que tocam ritmos
do teatro é dedicado não só a peças, mas também a con- brasileiros, como a batucada (Zalindé), o maracatu (Ma-
certos de música. racatu Nação Oju-Oba) e mesmo a música carnavalesca
(com a escola de samba Bloco de Paris).
França no brasil
Sobre o ano da França no Brasil, em 2009, ele demons- Brasil para brasileiro ver
tra cautela. Embora não possa precisar nomes de artis- O interesse dessa parte do projeto seria justamente
tas confirmados, Guis nos adianta algumas informações, mostrar aos brasileiros o trabalho de reapropriação
como a provável parceria entre as cinematecas parisiense que grupos de franceses desenvolvem a partir da nos-
e paulistana e a participação de editoras francesas em sa cultura. Seria uma apresentação enriquecida pelas
festivais literários brasileiros. Ele nos contou ainda um tradições dos dois países, o que permitiria aproximar
pouco sobre o Projeto Paris-Rio-Recife-Salvador. A idéia é os povos e fazer com que o Brasil conheça a influência
levar ao Brasil grupos parisienses, que fazem música com que exerce sobre outras sociedades.
forte inspiração brasileira, e, dessa forma, criar pontes
entre Paris e essas três cidades. Para ele, o que mais importa é a troca, ou a “fluidez”, em
suas próprias palavras. Seu projetos continuam: apoio
à bande Ciné (grupo brasileiro que canta em francês),
“Quero estabelecer cruzamentos” ao cantor da guiana francesa Chris Combette, à ca-
Guis encabeça uma série de tentativas de levar a inicia-
poeira, a manifestações rituais como o candomblé, aos
tiva do ano da França no Brasil a fundo: “é preciso não
pintores brasileiros e outros tantos. O ano da França no
só mostrar o que a França sabe fazer, mas também pôr
Brasil ainda não chegou, mas podemos ter certeza de
em evidência as relações que já existem entre os dois
que Jean-Pierre Guis será um dos nomes fundamentais
países”.
do evento.
No caso, ele propõe uma tradução de uma edição da re-
vista História Viva, sobre a herança francesa no Brasil.
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