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futebolística para a TV
Juiz de Fora
2005
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PARA A TV
Por
Banca Examinadora:
______________________________________
Professor Márcio de Oliveira Guerra
(Orientador Acadêmico)
______________________________________
Professor Ricardo Bedendo (Relator)
______________________________________
Professor Kléber Ramos
(Professor Convidado)
______________________________________
Francisco Ângelo Brinati (Aluno)
Em:
AGRADECIMENTOS
SINOPSE
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. A ARTE DA NARRATIVA
2.1. As primeiras histórias
2.2. O narrador
3. O FUTEBOL E A MÍDIA
3.1. A herança de Miller nas ondas do rádio
3.2. Olhe o lance! A TV entra em campo
4. AS ESCOLAS DE NARRADORES
4.1. A narração futebolística
4.1.1 – A narração no rádio
4.1.2 - A narração na TV
4.2. Escolas de narração
4.2.1 – Escolas do rádio brasileiro
4.2.2 – Escolas da TV brasileira
5. SILVIO LUIZ
5.1. História
5.2. Estilo
5.3. Olha ele aí!
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. ANEXOS
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SILVIO LUIZ
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1. INTRODUÇÃO
não é diferente.
época.
de transmissão.
2. A ARTE DA NARRATIVA
alguém que começou a contar o que via ao seu redor para outro
que entendia o que lhe era contado. Esse processo deu início
o grupo.
Média.
2.2. O narrador
específico do futebol.
alheia a ele, visto que a ação que narra não foi tecida na
ainda, que são cada vez mais raras as pessoas que sabem narrar
adotado até aqui pelo veículo ou pelas redes de TV. Por isso a
futebol na televisão.
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3. O FUTEBOL E A MÍDIA
1933.
transmissão de sons.
Independência.
principais.
confirma.
cidadão.
transmissões de futebol.
modelo ideal.
admiradores.
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do setor.
artistas e produtores.
TV Record.
anunciantes.
TV.
próximos anos.
Nessa época, a maior rede do país ainda não via o futebol como
internacional.
4. AS ESCOLAS DE NARRADORES
No gogó da ema!
brasileiro.
que ser cada vez mais precisa. Não se pode mais trocar o nome
fatos.
e dos comentaristas.
inacreditáveis.
mesmo tempo com seu meio-campo, chuta com seu atacante. Com
torno do espetáculo.
4.1.2 - A narração na TV
nada mais.
tela.
emissoras do mundo.
conclusão).
redundância).
mundo está vendo o que acontece em campo e, por isso, não tem
partida de futebol.
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procura imitar seu ídolo, seu ícone, busca seu paradigma nele.
pausada.
bem a voz e era capaz de improvisar por horas a fio. Foi ele
TV.
futebolístico.
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Cozzi”.
fogo...”
afora.
gol), "Não, mil vezes não!", "Por que parou, parou por quê?",
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populares.
exclamações.
partida.
grupo.
artifício vocal que não pode ser empregado pela maioria dos
rádio carioca. Seu estilo agrada aos mais jovens com seu
Flamengo.
hoje.
brasileiros.
numa partida.
5. SILVIO LUIZ
estilo narrativo.
5.1. História
comunicação brasileira.
Trote.
Negro”, como era conhecido, levou com ele o garoto Silvio. Sua
seguintes.
saindo da empresa.
Excelsior.
profissionais.
narrador esportivo.
narrações.
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arbitragem brasileira.
empresa.
táticas do jogo.
Canarinho”.
formado, desta vez com o SBT. Silvio iria para mais uma Copa
que operar. Muitos pensaram que era seu fim. Após problemas
retornava às atividades.
5.2. Estilo
imprevisibilidade.
insosso.
que só você viu”, “Está todo mundo como Papai Noel”, “No gogó
jogos sem emoção foi passar informações que não tinham nenhuma
torcedores e jogadores.
vinhetas sonoras.
formalismo.
própria emissora.
experiências.
que não o agrada. Para ele, o narrador não tem ambiente, não
que não são situações forjadas: “Eu não ponho nada que não
6. CONCLUSÃO
que lança, sobre uma peleja entre duas equipes, toda uma
uma partida.
sua paixão pelo time do coração, aceita dividir com ele suas
mais conhecidas.
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convencionalmente.
testadas.
trunfos de Silvio).
gritar. Essa narração mais veloz, sem ser descritiva, mas com
acima.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. ANEXOS
engraçado, também.
Exato. Eu não estudei este troço aí. Eu achei que você ia ter
um diálogo, entendeu. Você tem que ter uma pessoa que talvez
não sabe nada, hein?”; “oh, não falei que esse comentarista
era bom!”. Tem que ter esse tipo de interatividade entre você
telespectadores?
quantos telespectadores, não vai ter um cara que vai estar sem
chinelo na sala?
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começa a rir...
nisso?
assim?
bola”. Como é que você vai olhar isso no rádio? No rádio você
de troca de passes?
minha, não sei se eu estou certo. Tem gente que acha que eu
estilo?
quiser fazer o que eu faço, quem está ouvindo vai dizer: “esse
Não. É que eu fui repórter por muito tempo... Sei lá! Deus é
Você acha que se tivesse que ter uma influência, então, ele
um estilo mais ou menos jocoso, fazia umas piadas aí, não sei
que... O Eder não está dando certo... Quem mais? O Osmar não
com ele: “Bicho, o único cara que ganhou no grito foi Dom
que ele fala, de tão rápido que ele é. Pro rádio, tudo bem...
lance.
É, não dá certo...
o modelo dele. Como sempre eu acho que você na vida tem que
imitei e tenho ódio do cara que imita. Tem nego que usa frase
Globo, você não vai ver aquilo lá. O “éééé” do Galvão, fui eu
disse “ééé”.
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vê que é o gol...
anos. Eu acho gozado que ninguém fala no pau, pra dizer bem
como melhorá-lo?
Eu não vou dizer que está errado ou que está certo. Tem gosto
para tudo. Tem gente que gosta do Galvão, acha ele do caralho,
muito bom... Tem gente que gosta do Luciano (do Valle), tem
gente que gosta de mim, tem gente que gosta do Cléber. Você
vê, tem gosto pra tudo. Eu não vou condenar o caminho que eles
premeditados?
Você quer vê, você já viu entortar uma bigorna, ou não? É uma
conseguiu entortar uma bigorna, o que ele fez foi algo quase
cagando o outro cara todo. Isso aí você pode dizer num jogo do
com criatividade.
Tem que ficar com um olho no gato e outro na lingüiça. Tem que
entender que o cara que está em casa não está vendo muita
coisa que você vê. Mesmo assim, você deixa passar muita coisa.
E as vinhetas musicais?
rejeição?
criando galinha...
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rádio?
que o nego chutou com a perna direita, estou vendo que o nego
existe no rádio?
você pode dar é essa aí... A emoção que você podia dar é
Você pode fazer uma crítica num tom de voz mais elevado, como
pode fazer num tom mais sossegado. A imagem é tudo. O cara que
quer ser melhor que a imagem está fudido, meu. Tem que ser
isso?
pensa que, por estar em uma rede diferente, é seu inimigo. Não
participava?
tirei sarro deles, mas sempre com muito respeito. Uma vez em
que entendesse.
Suas tiradas são muito inteligentes. Acho que é por isso que
pensar, pô.
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dela...
Porra, é a mesma coisa que você gozar nas coxas. Você não tem
para não falar merda. Então, quando eu erro aqui eu falo: “Pô,
problema...
da transmissão?
entendeu?
fazer com que o cara que está em casa entenda que aquilo que
brasileira...
da sua carreira?
Você quer vê uma coisa? Eu tinha uma amizade muito grande com
“Eu acho que você como narrador, você acabou já. Vamos te
acha?”, ele disse, “Do jeito que o mercado está, pega que
falar...
mas acho que o estilo que mais se aproxima com o ideal de hoje