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SITUAÇÕES DE FORMAÇÃO
Planeamento e concepção
da acção de ensinar
Teresa Leite
ISBN: 978-972-789-316-4
Título: Planeamento e concepção da acção de ensinar
Autora: Teresa Leite
Colecção: Situações de Formação
Execução gráfica: Pedro Reis e Luciana Mesquita
Edição: Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago
3810-193 Aveiro
ISBN: 978-972-789-316-4
1ª Edição: Junho de 2010
Tiragem: 500 exemplares
SITUAÇÕES DE FORMAÇÃO
Teresa Leite
Idalina Martins
Isabel Candeias
Joana Campos
Maria do Céu Roldão
Maria Figueiredo
Nilza Costa
Pedro Reis
Teresa Gonçalves
ISBN: 978-972-789-316-4
Junho de 2010
Índice
Introdução 5
Questão orientadora 7
Principais objectivos da 2ª sessão 7
Mapa de conceitos abordados na sessão 8
Actividade 1:
O papel do professor na gestão do currículo 9
Qual o papel dos professores nos vários níveis de decisão curricular? 10
Documento para discussão 11
Que relação entre a gestão do currículo e o desenvolvimento profissional? 12
Documento para reflexão 13
Actividade 2:
Concepção e planeamento da acção 15
Como se enquadra a concepção e planeamento no processo de gestão do
currículo ? 16
Documento para reflexão 17
Como concebemos e planeamos a acção de ensinar? 18
Documento de trabalho 20
O que é uma estratégia de ensino? 22
Documentos de trabalho 24
Actividade 3:
O apoio do professor mentor ao processo de concepção e planeamento 27
Comoapoiar o professor em período probatório na concepção do plano e na
planificação? 28
Documento de trabalho 30
Documento para reflexão 32
Introdução
O planeamento do ensino tem sido uma das áreas-chave de investimento
da formação de professores. Inicialmente numa perspectiva mais academicista, o
processo de planeamento teve o seu auge durante a influência da chamada
“pedagogia por objectivos” e evoluiu depois, por pressão da diversidade de
públicos decorrente do alargamento da escolaridade obrigatória, para formas mais
complexas, mais particularizadas e diferenciadas de concepção e organização dos
actos de ensino.
Nesta evolução, o principal eixo de mudança é o papel das escolas e dos
professores face ao currículo. Escolas e professores deixam de ser consumidores
de prescrições programáticas externas e tornam-se co-responsáveis pelos
projectos curriculares, assumindo funções de decisão e gestão curricular (Zabalza,
1994). Espera-se, assim, que o professor participe activamente na reelaboração e
planificação curricular face a um dado contexto, exercendo um juízo crítico para
seleccionar, sequencializar e organizar objectivos e conteúdos e criando
dispositivos de aprendizagem adequados à diversidade dos alunos (Fernandes,
2000).
Para planear, o professor mobiliza um conjunto de conhecimentos,
experiências e procedimentos (relativos ao saber disciplinar e ao saber didáctico e
pedagógico, mas também à sua percepção da realidade e da forma de agir sobre
ela) que justificam e apoiam as decisões a tomar. Planear exige ainda a definição
explícita de um propósito e a clarificação de uma orientação estratégica para
alcançar esse propósito (planeia-se para chegar a determinado fim, à situação
desejada). E porque planear não pode ficar apenas pelo nível das intenções, é
necessário depois operacionalizar essa estratégia de forma detalhada, prevendo
técnicas e procedimentos a utilizar, sequências de actividades estrategicamente
organizadas e formas de avaliação pertinentes.
Como planeiam os professores? O resultado de um estudo levado a efeito
por Altet (2000) mostrava que os professores observados tendem a elaborar
planos que:
5
Colecção “Situações de Formação”
Introdução
6
Colecção “Situações de Formação”
Introdução
Questão orientadora:
7
Colecção “Situações de Formação”
Introdução
Operacionalização Projectos
da estratégia curriculares
Concepção e
planeamento
O ensino como acção estratégica
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 1
Actividade 1 – O papel do
professor na gestão do currículo
Conceitos:
Currículo
Projecto curricular
Gestão do currículo
Profissionalidade docente
Objectivos:
Descrição da actividade:
9
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 1
10
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 1
11
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 1
Questões
1. Como é que, na minha escola, se perspectiva a intervenção dos professores nos diferentes
níveis e campos de decisão curricular?
12
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 1
Currículo e Projecto
Currículo e Programa
13
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 1
Currículo e Professor
Questões
1. Como é que o professor em período probatório pode intervir nestes diferentes níveis e
campos?
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
Actividade 2 – Concepção e
planificação da acção
Conceitos:
Acção de ensinar
Concepção estratégica
Planeamento e planificação
Objectivos:
Descrição da actividade:
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
16
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
Documento para reflexão: PLANIFICAR ENQUANTO ACTO DE CONCEBER…A ACÇÃO (Roldão, 2009)
Primeira operação:
I. ORGANIZAR AS CONDIÇÕES PARA… Estabelecer um plano temporal
Segunda operação:
Sequenciar – Ligar
Resulta num simples PLANO
Terceira operação:
Pensar o COMO e PARA QUÊ?
De todas as actividades e da sua ligação (os
objectivos: para que competências).
II. CONCEBER E FUNDAMENTAR A ACÇÃO
DE ENSINAR – COMO VOU FAZER PARA QUE
ELES APRENDAM (atinjam os objectivos e com
eles desenvolvam competências)? Quarta operação: o COMO, em detalhe…
Organizar cada actividade enquanto situação de
aprendizagem;
Prever as tarefas e os materiais para cada uma,
pensar: o que vou querer que eles façam;
Prever instrumentos de e para organização das
Resulta numa PLANIFICAÇÃO tarefas
Prever actividades e respectivos instrumentos de
organização da avaliação;
Prever registos de avaliação para serem úteis à
melhoria da aprendizagem (ao professor e ao
aluno).
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
Questões
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
Desenvolvimento de
actividades de
Objectivos e conteúdos de Estratégia global –
aprendizagem que Avaliação
aprendizagem concepção
operacionalizam a
estratégia
Questões
1. O que é necessário pensar e definir para planear em cada uma destas dimensões?
2. Que semelhanças encontra entre o quadro que preencheu e que se apresenta na página seguinte?
20
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
In: Alarcão, I. & Roldão, M. C. (2008). Supervisão. Um contexto de desenvolvimento profissional dos professores (p. 92).
Mangualde: Edições Pedagogo.
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
22
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
23
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
Objectivos:
Estratégia:
Trabalho de grupo sobre materiais escritos e visuais distribuídos
Avaliação:
Questões
2. Considera que estas estratégias estão claramente definidas, sendo explíto o modo
como o processo se irá desenrolar?
24
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
Planificação simulada
In: Roldão, M.C. (2009). Estratégias de Ensino. Vila Nova de Gaia: Fund.
Manuel Leão, pp. 61-63
Objectivos:
Estratégia:
Avaliação:
25
Colecção “Situações de Formação”
Actividade 2
Planificação simulada
In: Roldão, M.C. ( 2009). Estratégias de Ensino. Vila Nova de Gaia: Fund.
Manuel Leão, pp. 61-63
Estratégia:
Avaliação:
Questão:
1.Que vantagens poderá trazer uma planificação deste tipo, em relação às
anteriores?
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 3
Actividade 3 – Papel do
supervisor no processo de
planeamento do professor em
período probatório
Conceitos:
Objectivos:
Descrição da actividade:
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 3
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 3
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 3
ANEXAR:
Materiais de trabalho e sua exploração fundamentada.
Instrumentos de avaliação/instrumentos de registo da avaliação.
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 3
Planificação de unidade:
• Correcção da formulação de objectivos e competências e articulação entre eles.
• Adequação dos objectivos, estratégias e materiais face à realidade da turma.
• Adequação e qualidade da estratégia face às finalidades pretendidas e ao tempo
previsto.
• Coerência da estratégia e adequação do seu desenvolvimento à aprendizagem
visada.
• Rigor científico dos conceitos e conteúdos mobilizados.
• Pertinência e rigor dos modos e instrumentos de avaliação.
• Clareza da apresentação.
• Clareza e correcção da linguagem.
• Demonstração de uso correcto dos conceitos-base de teoria e desenvolvimento
curricular na situação.
Questões
8. …/…
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Colecção “Situações de Formação”
Actividade 3
Outros autores, como Measor (1992) usaram as narrações destes episódios significativos
para estudar os processos de formação da identidade profissional dos professores. Estes
episódios configuram acontecimentos importantes na vida profissional dos professores,
orientando-o em determinadas direcções que acabam por ter consequências significativas
na sua identidade profissional. Segundo a autora, “provavelmente o episódio em si mesmo
representa o culminar de uma tomada de decisão, cristaliza o pensamento individual, não
sendo ele próprio responsável pela decisão” (Measor, 1992:62). Com efeito, os episódios
narrados pelos professores numa mesma fase da carreira, têm muitas semelhanças entre
si. O modo como cada professor resolve esses episódios, porém, é muito diferente e a
partir dessas reacções, os professores estabelecem diferentes tipos de reputação e de
identidade, logo desde os primeiros tempos de ensino.
Proposta de trabalho
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Colecção “Situações de Formação”
Síntese das Ideias Principais
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Colecção “Situações de Formação”
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “Situações de Formação”