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O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da
concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.
Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades
espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes
básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o
abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de
veículos à prática da caridade.
Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve
dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos. Respeito,
palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles
que muito ofendem.
Temos visto, para nossa tristeza, que alguns dirigentes de terreiros deixam muito a desejar no
que se refere ao assunto em pauta. Permitem que pessoas de má índole façam parte de seu
quadro médiúnico; permitem aconchegos e conchavos; são muito tolerantes ao permitirem
ingressar no salão de trabalhos pessoas com trajes incompatíveis com o que se realiza ou
pretenda realizar. Permitem conversas paralelas, algazarras, exibicionismos, bajulações etc.,
esquecendo-se que tais comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas desqualificados,
que, aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam e
quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais.
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé.
Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se
desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas características e duvidam
de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais,
tendo recorrido inclusive a médicos, sem êxito, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora
foram alvos de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso.
Que Deus na sua infinita misericórdia, abra estes os corações brutos à preciosidade dos
trabalhos de Umbanda.
Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas
que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como consequência a irmanação
energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da
paz e da fraternidade.
O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de
cada um.
A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias
e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de
bondade, amor e proteção. A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser
humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem
límpidos e sinceros em uma Casa de Umbanda.