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Rupturas epistemológicas

Gaston Bachelard
De origem humilde, Gaston Bachelard nasceu em Bar-sur-
Aube, França. Formou-se tarde, tornando-se professor de física em
sua cidade natal. De 1930 em diante, ensinou na Universidade de
Dijon. Publicara, dois anos antes, seu primeiro livro, ”Ensaio sobre
o conhecimento aproximado”. Um dos filósofos de maior influência
no mundo contemporâneo, Bachelard tem como ponto de partida Gaston Bachelard é um
dos filósofos de maior
de suas ideias uma filosofia das ciências naturais, especialmente influência no mundo
contemporâneo
da física. Originam-se nesse campo suas contribuições à
epistemologia e à poética, cuja interpretação também se vale dos
recursos metodológicos da psicanálise.
Gaston Bachelard
Contrário às posições do substancialismo, chama a atenção
para a complexidade das teorias científicas, que reflete antes de
tudo a própria complexidade do real, obrigando o filósofo da ciência
a refutar as simplificações dos racionalistas.
Em sua obra principal, O novo espírito científico, observa que
este, ao mesmo tempo em que escapa à preponderância da imagem
- característica na Antiguidade e na Idade Média -, também escapa Gaston Bachelard é um
dos filósofos de maior
influência no mundo
à preponderância do esquema geométrico, peculiar aos tempos contemporâneo

modernos: o "novo espírito científico" tende então para o concreto,


não porque se abandone ao irracional, mas porque tenta ampliar o
alcance da razão.
Gaston Bachelard
Dando à ciência um conteúdo exclusivamente metódico, filósofo
não é, para Bachelard, aquele que estabelece a relação do discurso
com as coisas, mas aquele que aclara a relação do homem com o
seu saber. Bachelard destaca ainda o papel unificador da imaginação
para o saber e a poesia, o trabalho e o sonho, e o caráter essencial
da linguagem, como suporte objetivo da subjetividade, para a
apreensão e análise das contradições humanas.
Ante a extensão presente dos conhecimentos, Bachelard propõe Gaston Bachelard é um
dos filósofos de maior
influência no mundo
o aproximativismo e o probabilismo. Mas também são importantes, contemporâneo

para ele, seus estudos de interpretação psicológico-literária dos


elementos fundamentais: a terra, a água, o fogo e o ar.
#O que são rupturas epistemológicas?

Toda humanidade se caminha dizendo que amarelo é bom,


isso gera certeza de que amarelo é bom, de repente alguém
estudando o amarelo se dá conta que amarelo não é bom, ele
traz na verdade passos de psicopatia se exposto demasiadamente
ao amarelo, ou seja, vai contrariar toda uma forma de pensar.
Quando alguém contraria toda uma forma nós usamos a
expressão ruptura epistemológica, ele está rompendo a certeza
até aquele momento, tudo que entendem como certo está errado.
#O que são Rupturas Epistemológicas em Bachelard.

A comunidade cientifica descobre que um determinado paradigma não


serve mais como fundamento para explicitação de certos fatos científicos.
Com efeito, os instrumentos existentes são obrigados as suas substituições,
pois os resultados buscados não são encontrados.
Portanto, a necessidade da construção de novos paradigmas. Tal
fenomenalidade em análise proposta à anterioridade, entendida como
obstáculo epistemológico, a não efetivação da construção de um novo
paradigma é o obstáculo epistemológico.

Para superar um obstáculo epistemológico, o cientista precisa entender


que é necessário à criação de um novo paradigma, a superação dos velhos
métodos, efetivando o que se entende por ruptura.
#O que são Rupturas Epistemológicas em Bachelard.

Com efeito, é conduzida a elaboração de novas teorias,


objetivando o campo do conhecimento existente, dessa forma
nasce uma nova concepção científica.
Portanto, não existe saber fora dos paradigmas, como sistema de
fundamentação da compreensão de um determinado fato em estudo.
Para Bachelard a história teórica das mudanças científicas, ou seja,
construção de novos paradigmas é realizada não por continuidades,
entretanto, de rupturas.
#A ruptura na visão dos verificacionistas

O filósofo da ciência norte-americano Thomas Kuhn (1922-1996),


físico e historiador, designa momentos de abandono de um paradigma
por outro, como sendo de “ruptura epistemológica”, ou ainda “revolução
científica”.
Exemplificando sua teoria, teríamos a seguinte dinâmica: certo
cientista ou grupo de cientistas começa a estudar um fenômeno
“empregando teorias, métodos e tecnologias disponíveis em seu campo
de trabalho”. Aos poucos, eles descobrem que os conceitos,
procedimentos e/ou instrumentos existentes não explicam o que estão
observando, nem tampouco estão levando aos resultados que se
buscava. Neste caso, Bachelard dizia que os cientistas haviam se
deparado com um “obstáculo epistemológico”.
#A ruptura na visão dos verificacionistas
Para superá-lo, o cientista (ou grupo de cientistas) precisa ter a
coragem de renegar a teoria vigente, assim como seus métodos e
tecnologias ortodoxos, realizando a chamada “ruptura
epistemológica”. Esta ruptura conduz à elaboração de novas
teorias, novos métodos e tecnologias, que afetam todo o campo de
conhecimentos existentes. Surge uma nova concepção científica.

Segundo Kuhn, a ciência não caminha numa via linear contínua


e progressiva, mas sim por saltos ou revoluções, obedecendo ao
“critério da verificabilidade”.
#A ruptura na visão dos verificacionistas
Kuhn nota que a comunidade científica, gradualmente começa a migrar do
paradigma em crise antigo para o novo, não sem antes sofrer influência de
fatores psicológicos, sociológicos e até mesmo políticos ou econômico-
financeiros.
A partir da visão de Kuhn (verificacionista), torna-se muito difícil sustentar
o limitado modelo dos filósofos anteriores (concepção demarcacionista). A se
considerar válidos os argumentos dos verificacionistas, cairia por terra a
clássica pretensão da filosofia, de delimitar as fronteiras da ciência ou de
definir quais seriam os critérios de cientificidade. A partir de Kuhn, torna-se
cada vez mais difícil responder satisfatoriamente, por exemplo, o que é
ciência.
#Rupturas epistemológicas e revoluções científicas
Quando uma nova concepção científica emerge, levando tanto a
incorporar nela os conhecimentos anteriores, quanto a afastá-los
inteiramente, esse momento de ruptura epistemológica e de criação de
novas teorias é chamado de revolução científica.
A revolução científica constitui-se em um processo longo e
complexo como a revolução copernicana, que substituiu a explicação
geocêntrica pela heliocêntrica, que exigiu desenvolvimentos pós-
copernicanos, sendo assim, um trabalho que levou quase 150 anos
(Copérnico – 1543 até Newton – 1687).
#Rupturas epistemológicas e revoluções científicas
A medida que as observações astronômicas se fizeram mais precisas, a
complexidade dos mecanismos cíclicos e epicíclicos ptolomaicos tiveram de
incrementar-se para fazer coincidir seus resultados (predições) com os das
posições observadas para cada planeta. Nicolau Copérnico (1473-1543) propôs um
sistema que tinha o Sol como centro, ao redor do qual orbitavam os planetas, um
dos quais era a Terra, mas não teve muita credibilidade em sua época.
O heliocentrismo começou a ganhar força com Galeileu Galilei (1564-1642) que
se tornou protagonista na concepção heliocêntrica com as suas observações sobre
fases de Vênus produziram a primeira evidência observacional da teoria de
Copérnico. Além disso, as observações de Galileu dos satélites de Júpiter provaram
que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a Terra.
#Rupturas epistemológicas e revoluções científicas
Outro protagonista foi Johannes Kepler (1571- 1630), famoso pelas
suas três leis dos movimentos dos planetas em torno do Sol em órbitas
elípticas, ou seja, as assim chamadas: lei das órbitas; lei das áreas; e lei
dos períodos.
Por fim veio Isaac Newton com a formulação das leis da mecânica e
de sua Lei da gravitação universal realiza um passo de decisiva
importância que se constitui na unificação entre a física de Galileu Galilei
dos movimentos locais com a astronomia de Kepler. Articula conceitos
seminais e de grande profundidade como espaço absoluto, tempo
absoluto, massa, força e ação a distância.
#Referências
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_c
opernicana
 http://www.ghtc.usp.br/server/Sites-HF/Egont-
Schenkel/09_imp.htm
 https://pt.wikipedia.org/wiki/De_revolutionibus_orbium_co
elestium
 https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Estrutura_das_Revolu%C3
%A7%C3%B5es_Cient%C3%ADficas

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